sexta-feira, 28 de julho de 2017

PROJETO AFRODESCENDENTES

Proposta de atividade sobre a cultura afro-brasileira.  História/geografia
INTRODUÇÃO
Conforme a  Lei 10.639/03, que versa sobre o ensino da história e cultura afro-brasileira e africana, ressalta a importância da cultura negra na formação da sociedade brasileira. Os alunos dos Sextos Anos aos Nonos Anos do Colégio Suíço Brasileiro de Curitiba farão uma pesquisa para identificar a vida dos Afrodescendentes no Brasil, desde sua origem aos dias de hoje.
A participação dos negros no Brasil Colonial aconteceu a partir do momento em que a experiência colonial portuguesa estabeleceu a necessidade de um grande número de trabalhadores para ocuparem, em princípio, as grandes fazendas produtoras de cana-de-açúcar. Tendo já realizada a exploração e dominação do litoral africano, os portugueses buscaram nos negros a mão de obra escrava para ocupar tais postos de trabalho.
Foi daí que se estabeleceu o tráfico negreiro, uma prática que atravessou séculos e forçou diversos negros a saírem de seus locais de origem para terem seus corpos escravizados. Além da demanda econômica, a escravidão africana foi justificada pelo discurso religioso cristão da época, que definiu a experiência escravocrata como um tipo de “castigo” que iria aproximar os negros do cristianismo.
Em terras brasileiras, a força de trabalho dos negros foi sistematicamente empregada pela lógica do abuso e da violência. As longas jornadas de trabalho estabeleciam uma condição de vida extrema, capaz de encurtar radicalmente os anos vividos pelos escravos. Ao mesmo tempo, a força das armas e da violência transformavam os castigos físicos em um elemento eficaz na dominação.
Durante a exploração colonial, a mão de obra negra foi amplamente utilizada em outras atividades como na mineração e nas demais atividades agrícolas que ganharam espaço na economia entre os séculos XVI e XIX. Mesmo destacando tais abusos, também devemos sinalizar a contrapartida desse contexto exploratório, com a presença de várias formas de resistência à escravidão.
As rebeliões eram realizadas a partir das articulações dos escravos e, em diversos relatos, aparecem como uma preocupação constante dos senhores de escravo. Paralelamente, as fugas e a formação de quilombos também se tornaram práticas que rompiam ativamente com o universo de práticas que definia o sistema colonial. De tal forma, vemos a presença de uma resposta a essa prática que cristalizou o abuso e a discriminação dos negros em nossa sociedade.
Do século XV ao século XIX, a escravidão foi responsável, em todo o continente americano, pelo trânsito de mais de 10 milhões de pessoas e pela morte de vários indivíduos que não sobreviveram aos maus tratos vivenciados já na travessia marítima. Ainda hoje, a escravidão deixa marcas profundas em nossa sociedade. Entre estas, destacamos o racismo como a mais evidentes.

­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­

O TRABALHO
·         Será realizado pelos alunos dos sextos anos aos nonos anos.
·         Cada turma será dividida em grupos.
·         Cada grupo fará uma parte da pesquisa.
·         Ao final das pesquisas todos os trabalhos serão unidos em uma sequência lógica: início, meio e fim.
·         Este processo se dará no trabalho como um todo:

Os sextos anos produzirão uma pesquisa de como os africanos viviam em suas tribos, abordando religião, economia, costumes etc.
Os sétimos anos produzirão uma pesquisa de como os habitantes de diversas regiões da África foram escravizados, como eram trazidos ao Brasil, como era comercializado, onde e como trabalhavam.
Os oitavos anos farão a desconstrução da ideia NEGRO/ESCRAVO. Sua pesquisa envolve os abolicionistas, a Aldeia de Palmares (Zumbi), o trabalho para a abolição e a abolição. A participação do negro em sua luta pela liberdade.
Os nonos anos farão uma abordagem mais atual do afrodescendente no Brasil. Para isso deverão pesquisar suas contribuições para a cultura e a sociedade brasileira como um todo.
Nomes em destaque nas diversas etapas deste processo. A situação nos dias de hoje.

Ao final do trabalho, deverá haver uma escala lógica de observação, partindo do início, sextos anos e ao final, nonos anos. O trabalho deverá ser interligado.

A DIVISÃO DE TRABALHO

HISTÓRIA: 
6° A e B
Pesquisa de como os povos viviam na África, sua cultura, sua política, sua economia, suas religiões.
SEXTO ANO A, ficará com os povos Bantus, e o SEXTO ANO B ficará com os Oeste-africanos.
Os diversos grupos deverão produzir um pequeno texto de cada etnia e, também, dois cartazes complementando seus textos.

Muitos escravos africanos foram trazidos para o Brasil até 1850. São divididos em dois grandes grupos: os Bantus e os oeste-africanos.


Bantus: Os Bantus trazidos para o Brasil vieram das regiões que atualmente são os países: Angola, República do Congo, República Democrática do Congo, Moçambique e, em menor escala, Tanzânia. Constituíram a maior parte dos escravos levados para o Rio de Janeiro, Minas Gerais e para a zona da mata no Nordeste
Oeste-africanos: Os oeste-africanos eram das regiões que atualmente são os países de Costa do Marfim, Benim, Togo, Gana e Nigéria. A região do golfo de Benim foi um dos principais pontos de embarque de escravos, tanto que era conhecida como Costa dos Escravos. Os oeste-africanos constituíram a maior parte dos escravos levados para a Bahia. Pertenciam a diversos grupos étnicos que o tráfico negreiro dividia.

GEOGRAFIA: 6°B Trabalhar os aspectos geográficos da África, focar na África subsaariana ou África negra. 1 Aula


7° A e B

HISTÓRIA:  Pesquisa de como as etnias africanas que vieram para o Brasil eram capturados ainda na África, como eles eram trazidos para o Brasil. Para onde eram levados.
E no Brasil sua transformação em escravos sem direitos nenhum. Deverão abordar o papel da Igreja no período da escravização. Como e onde eram vendidos, o valor de cada escravo. E o trabalho nas lavouras e na cidade.
Cada equipe deverá produzir dois cartazes com estes conteúdos, acompanhados de um pequeno texto explicativo.

GEOGRAFIA: A questão da língua, contribuições dos dialetos africanos para a língua portuguesa.
Culinária: contribuições da cultura africana para a culinária brasileira. 1 aula

8° A e B

HISTÓRIA: Pesquisa para desconstruir a imagem do negro ligado a escravidão. Deverão abordar as ideias abolicionistas, a participação do negro na construção de sua liberdade. Os negros alforriados.
A aldeia de Zumbj dos Palmares. Destacar o crescimento cultural dos negros no Brasil.
Deverão produzir dois cartazes por equipe, com um pequeno texto explicativo.

GEOGRAFIA: Trabalhar e produzir mapas históricos do Brasil, dispersão e fixação dos negros no Brasil. 2 aulas

9° ANOS A e B

HISTÓRIA: O AFRODESCENDENTE no Brasil dos Dias de hoje, sua contribuição para a cultura, a religião, a economia. O papel do afrodescendente na sociedade dos dias de hoje.

GEOGRAFIA: Afirmação da cultura negra no Brasil, políticas afirmativas e movimentos sociais. 2 aulas


Deverão produzir dois cartazes por equipe, com um pequeno texto explicativo.

CONCLUSÃO.

Uma exposição de todos os trabalhos em uma sequência lógica: sextos, sétimos, oitavos anos e nonos anos, de maneira tal que uma série complemente a outra.

História: nota: 10,0  fator 3 no 3° bimestre.
Geografia: nota fator 10,0 fator 3° bimestre.

CONSTRUÇÃO DA NOTA:

Participação na execução do trabalho.. 2,0 (individual)
Comportamento....................................2,0 (individual)
Texto......................................................3,0 (grupo)
Cartaz.....................................................3,0 (grupo)

Previsão: agosto de 2017

Professores: Jorge P. e Allan Albuquerque

Nenhum comentário:

Postar um comentário